segunda-feira, 7 de junho de 2010

Medicine-related Death.


Uma coisa é inevitável, as pessoas morrem. Ou melhor, morriam, porque, na verdade a medicina quer nos matar, mas quer nos matar de tédio! A medicina quer prolongar indefinidamente nossa agonia quando já não resta mais nada. “quando já não resta mais nada”; é…essa frase foi um súbito lapso de otimismo, porque a existência, desde sempre e em todos os momentos é essencialmente miserável e vazia de sentido. Como se não bastasse, essas qualidades são agravadas pelo modo de produção capitalista e todo o aparato ideológico que produz e que o sustenta (repetirei até a exaustão esses clichês simplistas…). Mas então, com esse otimismo despropositado, o que quero dizer é que há momentos da vida em que as coisas se tornam inegavelmente piores. A velhice leva à necessidade infindável de remédios e a situações degradantes de dependência em relação às pessoas com quem vivemos. Quando você tiver filhos, saiba que na sua velhice você irá fodê-los, pois eles terão que te sustentar financeiramente além de terem que te dar banho, alimento, trocar-lhe as fraudas e confrontar diretamente a morte, em sua face mais dura acometendo impiedosamente a pessoa por quem eles nutriram durante a vida mais amor e admiração (Rá!). Claro, você pode entender isso como uma retribuição muita justa, afinal, embora ele não tenha pedido pra nascer, você ralou feito um burro para sustentá-lo durante toda a infância, aturando-lhe depois todas as cagadas da adolescência!

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